<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD W3 HTML//EN">
<HTML>
<HEAD>
<META content=text/html;charset=iso-8859-1 http-equiv=Content-Type><!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD W3 HTML//EN"><!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD W3 HTML//EN"><!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<META content='"MSHTML 4.72.3110.7"' name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT color=#000000 size=2>Geraldo Ferreira
de Lima's review of <EM>Establishing Our Boundaries: English-Canadian Theatre
Criticism </EM>has been published in three parts in the Brazilian newspaper
<EM>A Gazeta. </FONT></EM></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2> The newspaper's website where the last part
of his review (reproduced below) can be found is: </FONT><A
href="http://www.uol.com.br/gazetacuiaba/opiniao/op01020008.htm"><FONT
face=Arial
size=2>http://www.uol.com.br/gazetacuiaba/opiniao/op01020008.htm</A></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=2>The previous two parts of Geraldo's review can be found at the
same website, items</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=2>op28010006.htm and op29010006.htm</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=2></FONT><BR><FONT face=Arial size=2>Geraldo is writing his
Ph.D. thesis on Canadian drama. He was introduced to ACTR members by Denis
Salter and attended the book launch of <EM>Establishing</EM> at the ACTR
conference in Lennoxville.</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>His summary and identification of <EM>A Gazeta
</EM>follows:</FONT></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Brief summary of the
article:</STRONG></FONT></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>As the article was written bearing in mind the the
Brazilian public (and as this public does not know much about Canadian Drama) it
starts with a sort of 'introduction' in which this drama is shown as having
reached a surprisely high level of quality and quantity in so short a span of
time. In spite of being originated in geographical and historical spaces whose
connection to the idea of a unified nation does not seem to be taken for granted
yet, this drama has made use of the idea of nationalism to face two problems.
First, it had to frighten the ghosts of the colonial mind through the rejection
of a kind of drama based on the main European colonizers' matrixes. Then, it had
to face less phantasmagoric difficulties and more real ones in its attempt to
neutralize the new threat represented by a form of cultural neo-colonialism
coming, no longer from Europe, but from Canada's strong neighbour to the South.
After this 'introduction', the article shows how important Canadian Drama
criticism was to establish an axiology by means of which the indigenous drama
from Canada could be recognized as a true form of art; then, it discusses the
importance of <EM>Establishing Our Boundaries: English Canada theatre
criticism </EM>in connection with it. The article finishes with a consideration
on a quote by John Millington Synge, one the founders of modern Irish theatre,
who said that 'drama neither teaches nor proves anything". Different
from what Synge thought, Canadian Drama teaches us many lessons. But, maybe, the
best one is in the fact that when a people wants, they can change history. The
Canadian Drama, in a certain way did it. This is a lesson that, we, Brazilians,
should learn. In regard with this, <EM>Establishing Our Boundaries:
English-Canadian Theatre Criticism </EM>would be our first lesson. In it, the
Canadian Drama or rather Canadian criticism could teach us how to frighten the
ghosts of our colonial condition and build up a reality with less obedience to
canons and politics which we have nothing in common with.</FONT></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Information about the paper and the
city/state where the article was published:</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><EM>A Gazeta </EM>is a newspaper from
Cuiabá, the Capital of the State of Mato Grosso. This newspaper is one of
the two most important newspapers of this inland state of Brazil, situated in
the Grande Região Centro-Oeste (Grand Central-West Region). Mato Grosso
was settled first by pioneering gold seekers in 1708. It became a province of
the Portuguese empire in 1822 and a state of the federal union in 1889. The
expedition of the Brazilian explorer Marshal Cândido Mariano da Silva
Rondon in the early part of the 20th century furnished the first complete,
accurate data about Mato Grosso; some sections of the state, however, remained
virtually uninvestigated in the late 20th century. Cuiabá lies along the
Cuiabá River. Founded by gold hunters in 1719, the settlement was given
the status of a town in 1727 and of a city in 1818. Agriculture and stock
raising are now the main economic activities in the surrounding area; the city
is a collecting centre for rubber and palm nuts. Thermal electric and
hydroelectric plants are located in the area. The city is the seat of the
Federal University of Mato Grosso.</FONT></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT size=5><B></B></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT size=5><B>A dramaturgia canadense - Um bom
exemplo para o Brasil</B></FONT> </DIV>
<P><BR><BR>Críticos e dramaturgos já não mais parecem
responder aos novos desafios<BR><BR><BR>Geraldo Ferreira de Lima<BR>Considerado
pelo establishment teatral "como decano dos críticos canadenses e
fundador do teatro nacional", Whittaker, poderia ser a síntese do
que representou a crítica na formação de uma
consciência sobre a importância de se ter uma dramaturgia
própria. Com metáforas construídas com imagens
bélicas como quando compara teatros com "pequenas frotas" ou
uma cidade onde ocorre um festival como "uma cidadela de poesia e
imaginação teatral", Whittaker foi o crítico-guerreiro
lutando em defesa de um teatro de expressão nacional, e como Bessborough
acreditava que "o espírito de uma nação, para que
encontre completa expressão, deve incluir um teatro
nacional".<BR>Além de uma Introdução onde o editor
descreve a realização do projeto e comenta os ensaios de acordo
com o nível de importância do crítico analisado dentro de
uma perspectiva histórica e ideológica, nas outras quatro partes
que constitui o livro são discutidos temas que vão desde os
críticos-editores e críticos-resenhistas ao nacionalismo cultural
e pós-nacionalismo. Embora não se possa dizer propriamente que
Establishing Our Boundaries ofereça uma única conclusão,
apesar da aparente unidade obtida, semelhante a de uma orquestra na qual os
músicos, sob a batuta de um competente maestro têm o completo
domínio de ritmo e tom, se quisermos tirar uma conclusão seria a
de que a dramaturgia canadense está em crise. Críticos e
dramaturgos já não mais parecem responder aos novos desafios que
vêm sendo apresentados por uma sociedade que modifica sua
configuração com uma rapidez que impressiona.<BR>A dramaturgia
polarizada entre a "bifonia" lingüística de
francófonos e anglófonos em um ambiente nacional está
cedendo lugar a uma "multidramaturgia polifônica" onde o
multiculturalismo surge com uma força capaz de estabelecer novos
cânones. Com a tendência que se verifica, a perspectiva é de
que, rompidos os limites da nacionalidade a que esteve até então
restrita, a dramaturgia canadense comece a penetrar o espaço
internacional. Como no passado, no entanto, mais uma vez paira no ar a
ameaça do imperialismo cultural yankee na forma de megas musicais que
nada têm em comum com a alma canadense. Tudo indica que uma nova crise de
identidade se inicia. A julgar pelo passado, e por mais paradoxal que possa
parecer, falar em crise na dramaturgia canadense pode ser um sintoma de
vitalidade e não o contrário, como seria natural
inferir-se.<BR>Numa sociedade onde ainda vigoram certos hábitos
políticos, que poderiam ser considerados como típicos de
sociedades do terceiro mundo - como a fraude eleitoral em eleições
provinciais - por exemplo, poder-se-ia perguntar como é que em um
ambiente assim foi possível se construir uma dramaturgia com tamanho
vigor e potencialidade. Diferente de John Millington Synge, o dramaturgo que,
juntamente com W. B. Yeats e Lady Gregory, fundou o moderno drama irlandês
e disse que o "drama não ensina nada ou prova qualquer coisa",
a dramaturgia canadense tem assinado algumas lições. Uma delas
é a de que quando um povo quer, mesmo sob o jugo de pressões
colonizadoras ou de culturas hegemônicas, pode-se contrapor ao que o
establishment determinou como norma a ser seguida. A outra é a de que
não se pode prescindir de uma crítica que forneça os
subsídios necessários à percepção de que
através do drama pode-se não só aprender qualquer coisa
como também pode-se provar qualquer coisa.<BR>Mas, talvez a maior e
melhor de todas as lições seja o fato de que, ao
construírem uma dramaturgia com elementos autóctones, os
canadenses, e isso vale para anglófonos e francófonos, estavam,
também, mudando o curso de sua história de povo, que, como
nós, foi colonizado e vivenciou a subserviência a cânones com
os quais não havia qualquer identificação. Esta é
uma lição que valeria a pena ser aprendida, e neste aspecto, a
leitura de Establishing Our Boundaries: English-Canadian theatre criticism seria
a primeira aula onde o drama, ou melhor, a sua crítica, poderia nos
ensinar como espantar os fantasmas de nossa condição colonial e
construir uma realidade com menos servilismo e obediência a cânones
e políticas com as quais nada temos em comum.<BR>Establishing Our
Boundaries: English-Canadian theatre criticism, jun/99. Editado por Anton
Wagner, University of Toronto Press. O livro pode ser comprado no site da
UTPress: <A
href="http://www.utpress.utoronto.ca/publishing/index.htm">www.utpress.utoronto.ca/publishing/index.htm</A><BR>Geraldo
Ferreira de Lima é professor universitário e doutorando na
área de literatura em Montreal, Canadá<BR><A
href="mailto:gdelim@po-box.mcgill.ca">gdelim@po-box.mcgill.ca</A><BR><!-- META-TIT: A dramaturgia canadense - Um bom exemplo para o Brasil --><BR></P></FONT></BODY></HTML>